19 de Agosto, 2021
O segmento de locação de automóveis vê com otimismo a retomada do nicho, que arrumou formas de se reinventar e implementar tecnologias que auxiliaram as empresas durante a pandemia. Uma prova desse movimento de ascensão das locadoras pode ser notada na Bolsa de Valores. Localiza, Movida e Unidas tiveram suas ações valorizadas em 47,9%, 34,8% e 57,4%, respectivamente.
Um dos fatores que motivaram esse crescimento na Rent a Cars (RAC) foram as passagens aéreas, que estão mais caras, consequência da desvalorização do real e do elevado custo operacional das companhias.
“Isso sem contar a alta dos preços dos carros novos, o reflexo do fechamento das fábricas e montadoras e a consequente diminuição na produção de peças e materiais. Sem dúvida, essas são condições que contribuem muito para o mercado de aluguel de veículos”, comenta Marcelo Linhares, CEO da Onfly.
Linhares chama atenção para uma modalidade que chama atenção neste segmento: o aluguel por assinatura. A tendência, segundo ele, é que a categoria amadureça e se multiplique. E os motivos envolvem:
De acordo com um estudo da Similarweb, as visitas em sites, entre os meses de janeiro e maio, a partir da busca pelo termo “carro por assinatura” foram de 91,5 mil no total. O crescimento, em comparação com o mesmo ínterim do ano passado, foi de 457,9%.
“Os gastos de possuir um carro estão sendo levados em conta como nunca antes da história, e muita gente está mudando a forma de consumo. Alugar um veículo é sinônimo de tê-lo de forma mais livre e por uma quantidade de tempo prolongada e com custos bem inferiores a ter um carro próprio na garagem. A verdade é que a pandemia fez com que o aluguel de carros crescesse exponencialmente. O resultado é, com as pessoas valorizando mais o uso do que a posse, o setor vem ganhando um espaço nunca visto antes no Brasil”, comemora Linhares.
